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February 02, 2005

[revenge is a bitterseet taste... like the own's blood...]

[revenge is a bittersweet taste... like the own's blood...]



Em circunstâncias normais ficaria contente. Verdadeiramente. Feliz, até. Teria pena de não poder assistir a tudo de um lugar privilegiado, de não poder ser o primeiro a atirar a primeira pedra quando o julgamento tivesse início, de não poder ver a tua expressão amarga pela derrota que te auto-infligiste. Seria o início do teu fim - e o fim do meu início. O apogeu da perfeição.

No entanto, não mais sou assim. Ou tento pelo menos não ser, que a lugar algum me levará. Que alegria me poderia proporcionar a tua queda quando eu próprio ainda não bati no fundo..? Que gozo me trariam as tuas lágrimas quando a fonte das minhas secou há tanto tempo que já esqueci a sensação? Nem sabor a vingança, frio ou quente, teria, que em nada interferi, nem teria interferido ainda que a oportunidade para tal me tivesse sido proporcionada por um qualquer deus malévolo. Todos os sentimentos subsequentes seriam insignificantes e ridiculamente mesquinhos. Não resta nada para sentir desse lado do espelho . . . .

Talvez nos encontremos no fundo do poço. Talvez o nosso sangue derramado se misture lá em baixo, naquele lugar sem trevas ou luz. Talvez, na perfeita ironia do destino, possamos mesmo morrer juntos, nem unidos pelo amor, nem separados pelo ódio . . . . indiferentemente, talvez . . . . ou talvez ascendas aos céus, num repente, impulsionada por uma magia de sonho que não mais conhecerei. Não o sei, que o futuro, ainda que nas minhas mãos esteja . . . . não me pertence . . . . não me pertence . . . .

(imagem de Dorian Cleavenger)

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