testing a new face for the old blog. tried other platforms, but no other seemed good enough.

February 26, 2005

[Reflexão filosófica I]

[Reflexão filosófica I]

Acredito na coincidência quando um acontecimento ocorre, aparentemente, por acaso, de forma manifestamente imprevisível às partes que nele convergem e, assim, o constituem. Passo a acreditar em determinismo e em relações de causa e efeito quando o mesmo acontecimento se repete da mesma forma.

February 23, 2005

[farewell to you]

[farewell to you]

Escrevi este texto há quase um ano. Foi publicado no primeiro mundo do meu 'lado negro', numa altura complicada, a pensar numa situação. Muda o tempo, mudam os lugares, mudam as personagens, talvez - eu próprio mudei desde então, na voragem do caminho. Mas as palavras permanecem verdadeiras, actuais, talvez mais hoje do que há um ano. Hoje não estou nostálgico. Estou, acima de tudo, triste.


"I remember when I first saw you. Can't explain why, but there was something in you that caught my attention in that moment, though I'd never seen you before. This happens sometimes, during our every-day life... Usually, it's just a sudden pulse confusing us for no longer than a mere second... when we notice, it is already gone, as fast as it came..."

"Things were different with you. It lasted for more than a second. As a seed thrown to the soil that suddenly founds everything it needs to grow, the little seed you left in me without knowing created roots and started to grow. Each day it became a little bigger, a little stronger, a little more beautiful than before."

"The little seed grew and became a great tree. Then was when I realized what was going on. Then I understood what the seed you left inside me was. It was love. A pure love that overtook my whole being without warning. It didn't knocked on my door; it bursted through the room, invading my space and stayin' uninvited."

"It was a surprise for me. I didn't believe anymore that I could feel that way again. The last time was too much painful; it left so many wounds... wounds that time was not healing completely... but you did..."

"Love brings expectation. This is inevitable. As I am not an exception, I started to dream. I dreamed with you in my eyes. I dreamed with you in my arms..."

"But dreams are always wrong... They can never be true because we awake. I woke from my dream and saw the reality, a reality I didn't want to face, but that couldn't be avoided for much longer: though she left the seed in me, she didn't get one of my own seeds... No matter how much I loved you, you would never feel the same for me. You would never love me..."

"Took a while to wake from my dream. And when I did, I felt myself invaded by such a great pain, such a dark sorrow, such a deep woe... It was the greatest fall, the fall into a deep and suffocating darkness... a darkness where I still remain sunken..."

"What to do now? Shall I keep fighting for something utterly and totally impossible to reach? No. No longer. Neither shall I stay in darkness, though I am a fallen angel. A fallen angel that knows you are a dream too high, and still he loves you so much, so damn much... but no longer can I stay here. This is not my place. You will never be mine... Time has come for me to go away, time has come for me to rise..."

"So I say goodbye. I know this is a hard path to walk, but there are some things that must be done. Leave you with a tear in my eyes and a wound in my heart, a wound so deep, so painful... Leave you loving you more than I ever did before, and knowing in sorrow you won't miss me, because you never noticed I was there..."

"Farewell..."

(imagem de Leonid Kozienko)

February 21, 2005

[the choice is freedom or death]

[the choice is freedom or death]



Porque hesito eu, parado no meio do nada, a olhar para dois caminhos que sei que não me vão levar a lugar nenhum..?

Porque espero eu que faças algo que mude o meu rumo, quando o teu olhar grita por outro que não eu..?

Porque penso eu em seguir em frente pela densa vegetação, quando a fria brisa da manhã que me afaga o rosto me sussurra ao ouvido que não existe para lá da floresta nada para mim..?

Mataste as minhas expectativas, derrubaste as minhas ilusões. Mostraste-me a verdade que não queria ver. Nada disto faz mais sentido. Porque demorei tanto tempo a perceber algo tão óbvio?

Já não sou paladino... deixei de o ser há muito tempo, para me tornar num caminhante sem rumo. Mas ainda me recordo... ainda sei como voar... e tenho saudades da liberdade dos céus de azul eterno, onde o sol quente ilumina e reconforta...

Se tenho medo de cair..? Terei se olhar para a prisão da terra, nem pensarei nisso se apenas contemplar o azul infinito que desejo. Que as asas de cera derretam como as de Ícaro, se assim tiver de ser...

February 16, 2005

[crossroads]

[crossroads]


Chego ao final deste caminho. Talvez não seja bem o seu final, mas um novo início. Ele não termina neste ponto. Parte-se em dois, bifurca-se para a esquerda e para a direita. Aqui, no mei do nada, num qualquer lugar perdido desta floresta desolada como o mundo.

É quase como ter uma vez mais os comprimidos vermelho e azul à minha frente. Uma escolha, impossível de evitar. Voltar para trás não é opção. E nem sempre esperar o pode ser.

Olho alternadamente para ambos os lados. Há algo que insensivel e irresistivelmente me atrai no caminho da esquerda. Não sei bem o que é; mas sinto o meu coração bater mais forte sempre que os meus olhos contemplam a sombria e silenciosa estrada sem fim que se abre à minha esquerda. O caminho da direita parece-me familiar. Há algo nele que apela à minha nostalgia, a algo aparentemente escondido na minha memória. Se o da esquerda, no entanto, está envolto em sombras, o da direita está envolto em névoas espectrais, velado por um enigmático manto de pálido mistério.

Apetece-me bradar aos céus as palavras proibidas que me trespassam a alma e correr desvairadamente pela esquerda. Se o não fizer, porém, para a neblina da direita não caminharei, que planos de recurso devem jamais ser aplicados às emoções humanas... se assim for, às cegas avançarei em frente, caminharei por entre as árvores para o vazio, desbravarei o meu caminho à força, se for preciso, por entre a floresta do nada. Até que a minha jornada suicida em mostre um novo caminho.

("crossroads", fotografia por Catherine Ames)

[Nota: este post nada tem que ver com política. Sei que quem já conhece a "linha editorial" deste blog não fará a confusão (as minhas políticas têm outro espaço). De qualquer maneira, e just in case...]

February 14, 2005

[burned by the sun, healed by the moon]

[burned by the sun, healed by the moon]

What matters everything else? The moonlight bursted through the dense storm, blessing with its pale radiance this long dead world... She healed my wounds and whispered in my hear that you'd come back... for me...

("wanna be my valentine..?")

February 11, 2005

[oblivious to everything but to you]

[oblivious to everything but to you]


I don't know where did you come from. I don't know how did you find me here, in the very middle of nowhere, in this god-forsaken battlefield. Where I had been left to die alone, long ago. Where I lost my soul and turned to a shadow, doomed to dwell in the past, surrounded by darkness and sorrow. Where lay the bodies of my fallen army, scorched by the same radiant light I worshiped for so long.

This world fell long ago. I borne witness to the oblivion of it all. I saw wildfires burning greener prairies, eartquakes sundering snow-covered mountains, tidal waves shaking the boiling oceans, firestorms scorching the sky above my empty eyes. I died. Alone. This world became nothing but a wide and desolated wasteland.

Still you found me. I couldn't believe when I saw light making its way through the black storm clouds. When I saw you wandering alone in the once green shores where my army met the grim reaper. When you descended from heaven and entered this lost hell for me, just for me.

My hope was lost long ago. I still don't know if you and everything that happen were indeed real, or just another mirage, another dellusion. I still don't know if this I feel is true and pure as it seems. You were gone as you should be; I feel you with me, though I don't know if I will ever see you again. But I'd give anything - anything - to be given the opportunity to dream again... to feel your warm lips on my own... once more...

("braveheart"; picture by Leonid Kozienko)

February 09, 2005

[fogo]

[fogo]


Fogo irrompe, subitamente, sem aviso, pela verde floresta, consumindo vegetação rasteira, devastando a flora à sua violenta passagem, impelido por um vento malévolo, enganadoramente frio. Espirais de fumo ascendem aos céus, transformando o azul cristalino de uma manhã de Verão nas cinzas de um mundo a ser destruído, não pelo fogo ateado, mas pelas intenções flamejantes de quem o provoca. O Sol, o próprio Sol, do mais escaldante fogo feito, sucumbe às cinzas da alvorada, esconde-se num disco rubro que não mais brilha.

Relâmpago violento das nuvens cuspido com fulgor e violência que transforma a noite em dia num segundo evanescente que parece uma eternidade aos nossos olhos e que contra o solo explode com inaudita feracidade, explosão ardente da boca de algum vulcão adormecido que se lembra de acordar e fazer a terra tremer, seja com o seu bocejo sonolento ou com o seu mau humor ao despertar, nem sempre o fogo, este fogo que contemplo, incandescente, na ponta do cigarro que lentamente arde na solidão desta noite, deste terraço com vista para a cidade dormente a esta hora tardia, significa destruição, ou jamais teria Fénix renascido das cinzas em chamas fulgurantes e ascendido aos céus.


Não sendo necessariamente o fim, é igualmente, num paradoxo perfeito que nunca se anula, o início do acto de criação. A própria terra renasce, verde e viçosa, à passagem das chamas que no segundo anterior as despojam de toda a vida. Ilhas crescem ao sabor das erupções cujas lavas ardentes roubam espaço ao mar infinito. A mais violenta tempestade acalma-se, dispersa-se após libertar o inicial impulso furioso, e dá lugar ao dia brilhante que o Sol permite. E que é o Sol senão o astro da vida, a luz que permite a existência de tudo quanto se conhece neste mundo que à volta da sua esfera de fogo orbita inexoravelmente..?

Símbolo da vitória e da persistência que não se apaga jamais, da fé que junto aos deuses do presente e do passado arde em moldes de cera derretida, como se saído directamente da forja ancestral de Hephaestus ou do martelo guerreiro do poderoso Thor, fogo é fé transcendente que se sobrepõe ao tempo e ao espaço, que atravessa mundos, que une desconhecidos em torno de uma mesma certeza da qual não têm prova empírica mas que sentem que arde algures.

Impulso criador que não se vê mas que sinto pulsar dentro de mim, chama imaginativa que num impulso cria mundos imensos, tão vastos quanto a minha imaginação ardente o permitir, também em mim arde esse fogo antagónico, símbolo da vida e da morte. A ele retornarei, eu, que dele nasci, num momento de paixão concretizada que nos tempos e na memória se perde. Não o recordo, que o não vivi. Mas sinto-o. Sinto-o quando a tua imagem radiante na minha mente surge, sem aviso nem permissão, uma intrusão que não quero tolerar mas que no fundo desejo... Sinto-o quando te vejo, quando os nossos olhos se cruzam e o Tempo se desvanece na magia do momento... sinto-o quando estás comigo, quando o teu toque suave me arrepia, faz vibrar todo o meu ser, desperta este ardor dentro de mim... sinto-o nos momentos de consumada paixão em que tudo deixa de ter sentido, em que espaço e tempo se volatilizam nas chamas que deste sentimento irrompem numa batida de coração, obliterando à sua passagem todo este mundo fantástico que juntos concebemos... fogo é paixão, amor etéreo e fulgurante materializado em mim, em ti, em nós, suspirando com saudade na distância que nos separa, consumindo-nos furiosamente em desejo ardente quando estamos juntos em que nada mais importa para além deste sentimento, para além deste fogo que dentro de nós arde...

Nada disto é real, talvez. Só o fogo, o eterno fogo que dentro e fora de mim arde, agora e sempre, o mesmo fogo que vejo desvanecer-se lentamente em fumo à medida que o cigarro se apaga, deixando-me envolto em escuridão e sonhos.

(última imagem de Boris Vallejo; as restantes, de autores desconhecidos)

Escrevi este texto no âmbito de um trabalho para a minha cadeira de português... escolhi a palavra fogo. Não pensei em ninguém no momento em que o escrevi; agora que o publico, dedico-o a quem primeiro o leu - Susaninha, grande amiga, companheira de longas conversas e de filosofias. Um grande beijo*

February 05, 2005

[Moment's Song 04: "Anywhere", Evanescence]

[Moment's Song 04: "Anywhere", Evanescence]

Contemplamos juntos a imensidão do mar, o seu espelho de azul translúcido escurecido pela noite, tão límpido que quase reflecte as estrelas na sua superfície. Não conseguimos divisar onde ele termina e onde começa o céu. É como se ambos se tivessem fundido harmoniosamente, como se a própria lua, cheia em todo o seu esplendor pálido, tivesse cedido a sua luminescência às ondas suaves, que parecem brilhar de prata.

Quedamo-nos juntos, na beira do precepício, embalados pelo som das vagas a quebrarem-se nos rochedos ancestrais. Sinto a tua mão apertada na minha, ambas quentes apesar da brisa fria que foge da terra para o mar. Entre nós somente silêncio na noite de cristal. Contemplamos o infinito que ardentemente desejamos, que o céu será o único limite para nós, e para tudo aquilo que simultaneamente nos consome a alma a partir do coração que bate...

"É o fim?", pergunto, sem tirar os olhos da Lua, das fulgurantes estrelas cadentes que de vez em quando cruzam os céus negros, velozes.

"Não. Será o início", responde-me ela, no seu tom quente, invariavelmente terno, sonhador como sempre. "Daqui a pouco nada será nosso... teremos tudo, então. Seremos evanescentes como esta brisa que sopra. Como... como isto que nos une."

Sinto a sua mão apertar a minha com mais força. Desvio o olhar, fito-a nos seus olhos de azul cristalino. Vejo toda a imensidão do céu neles reflectida, toda a dimensão do sonho de viver para sempre, de amar para sempre... desvia o olhar também, fita-me como eu a ela. Pela última vez - ou será que é pela primeira? - sinto o sabor infinitamente doce dos seus lábios, apaixonados como os meus. Subitamente sinto o mundo desvanecer-se, dissolvido pela magia do momento.

"Não vai morrer, pois não?", pergunta-me ela, com uma lágrima tímida a soltar-se dos seus olhos de cristal. "O nosso amor... vai ficar para sempre, não vai?"

Envolvo-a no meu abraço, afastando o frio que a noite impõe. "Vai. Para sempre voará, livre e etéreo, com este vento que nos alvoroça os cabelos... ou nestas ondas, que fluem e refluem eternamente como as ondas... sentiremos por momentos, a liberdade dos ceus, o abraço do oceano... e depois, estaremos noutro lugar qualquer, onde tudo aquilo que verdadeiramente importa são os nossos corações que batem por nós..."

Retiro o meu braço dos seus ombros, volto a dar-lhe a mão. Inspiro profundamente o ar frio e puro da noite. Voltaremos a sentir algo assim, no mundo que nos aguarda?

"Amo-te", sussurra ela, ao vento que sopra para o mar.

"Amo-te...", respondo, no mesmo sussurro atirado ao vento.

Apertamos as nossas mãos com força, inspiramos o ar deste mundo pela última vez e saltamos juntos para o vazio... para o nada que se tornara em tudo... para o infinito evanescente, tão evanescente e etéreo como o nosso amor...

Dear my love, haven't you wanted to be with me?
And dear my love, haven't you longed to be free?
I can't keep pretending that I don't even know you.
And at sweet night, you are my own...
Take my hand,

We're leaving here tonight...
There's no need to tell anyone,
They'd only hold us down
So by the morning light
We'll be half way to anywhere,
Where love is more than just your name...

I have dreamt of a place for you and I,
No one knows who we are there...
All I want is to give my life only to you...
I've dreamt so long I cannot dream anymore...
Let's run away, I'll take you there...

We're leaving here tonight...
There's no need to tell anyone,
They'd only hold us down...
So by the morning light,
We'll be half way to anywhere,
Where no one needs a reason...

Forget this life,
Come with me,
Don't look back, you're safe now...
Unlock your heart,
Drop your guard,
No one's left to stop you...

Forget this life,
Come with me,
Don't look back, you're safe now...
Unlock your heart,
Drop your guard,
No one's left to stop you now...

We're leaving here tonight...
There's no need to tell anyone,
They'd only hold us down...
So by the morning light,
We'll be half way to anywhere,
Where love is more than just your name...


("Eurydice", imagem de Boris Vallejo - e já agora... um agradecimento: à Waxing Crescent, que me deu a conhecer a melhor música desta banda. Obrigado!*)

February 02, 2005

[revenge is a bitterseet taste... like the own's blood...]

[revenge is a bittersweet taste... like the own's blood...]



Em circunstâncias normais ficaria contente. Verdadeiramente. Feliz, até. Teria pena de não poder assistir a tudo de um lugar privilegiado, de não poder ser o primeiro a atirar a primeira pedra quando o julgamento tivesse início, de não poder ver a tua expressão amarga pela derrota que te auto-infligiste. Seria o início do teu fim - e o fim do meu início. O apogeu da perfeição.

No entanto, não mais sou assim. Ou tento pelo menos não ser, que a lugar algum me levará. Que alegria me poderia proporcionar a tua queda quando eu próprio ainda não bati no fundo..? Que gozo me trariam as tuas lágrimas quando a fonte das minhas secou há tanto tempo que já esqueci a sensação? Nem sabor a vingança, frio ou quente, teria, que em nada interferi, nem teria interferido ainda que a oportunidade para tal me tivesse sido proporcionada por um qualquer deus malévolo. Todos os sentimentos subsequentes seriam insignificantes e ridiculamente mesquinhos. Não resta nada para sentir desse lado do espelho . . . .

Talvez nos encontremos no fundo do poço. Talvez o nosso sangue derramado se misture lá em baixo, naquele lugar sem trevas ou luz. Talvez, na perfeita ironia do destino, possamos mesmo morrer juntos, nem unidos pelo amor, nem separados pelo ódio . . . . indiferentemente, talvez . . . . ou talvez ascendas aos céus, num repente, impulsionada por uma magia de sonho que não mais conhecerei. Não o sei, que o futuro, ainda que nas minhas mãos esteja . . . . não me pertence . . . . não me pertence . . . .

(imagem de Dorian Cleavenger)

February 01, 2005

[Moment's Song 03: "Sing for Absolution", Muse]

[Moment's Song 03: "Sing For Absolution", Muse]


Há muito que não o fazia. Há muito que não me deixava envolver pela luz do entardecer e caminhava livremente pelas ruas da cidade, agitadas e inconstantes como é a sua natureza, envolto no meu próprio silêncio.

Caminho devagar, sem rumo definido, deixo-me invadir por nada e em nada me torno. Ainda estou em guerra, mas até a batalha acalma, dá-me uma trégua momentânea, deixa-me apaziguar o espírito, dissolver a mente na míriade de cores quentes do crepúsculo em ascensão, na brisa fria que embala a tarde, suave, sem pressa.

Sinto-me livre por momentos. Livre como antes, como em tempos idos que não voltam mais, em que a liberdade dos céus indigo era o meu limite... antes desta guerra começar, e enegrecer o céu com o fumo das forjas, antes de o som de metal a embater em metal ecoar pelos ares, abafado pelos gritos de guerra de ambos os exércitos, absorvidos pelo mesmo furioso ímpeto guerreiro, ainda que a combaterem por causas distintas . . . .

Mas nada disso importa agora, neste momento, só neste momento, em que me sinto livre . . . . absolutamente livre . . . .

lips are turning blue
a kiss that can't renew
I only dream of you
my beautiful

tiptoe to your room
a starlight in the gloom
I only dream of you
and you never knew

sing for absolution
I will be singing
falling from your grace

there's nowhere left to hide
in no one to confide
the truth runs deep inside
and will never die

lips are turning blue
a kiss that can't renew
I only dream of you
my beautiful

sing for absolution
I will be singing
falling from your grace

sing for absolution
I will be singing
falling from your grace

our wrongs remain unrectified
and our souls won't be exhumed

("Dark Alley", imagem de Debra Hurd)