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July 11, 2005

memories of Jane

A recordação de Jane é tão evanescente como uma memória *irreal* pode ser. O ar inocente, algo perdido na densa floresta humana, de que os seus olhos avelã eram reflexo contrastava quase agressivamente com a sua descontração perante a vida e o mundo que sabia inescapáveis. Nunca lhe soube a idade - nunca lho perguntei, e o jogo de opostos que a sua sofisticação de mente revelava a cada gesto, a cada palavra, nunca mo permitiu adivinhar. Sei que era de longe, de muito longe. Soubemo-nos na distância que nunca nos permitiu ver um ao outro pelos olhos do mundo real. Apenas no sonho, nos devaneios da imaginação que se esprai como um suspiro na brisa fresca da noite de Verão. Sorrimos com os lábios do pensamento, aos olhos da lua. Jamais a esqueci.

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