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June 13, 2005

[different paths]

[different paths]

Talvez seja agora o momento. Agora, quando não o espero, quando não o sinto. Agora, quando olho para o horizonte de crepúsculo e já não vejo o Sol descendente velado por um manto de sombra. Os ventos mudaram, e trouxeram uma nova esperança a este mundo devastado. Não há ainda nas árvores novos rebentos - nem creio que venha a haver até ao frio Inverno -, mas toda a terra morna irradia um aroma de fecundidade. Os vapores etéreos que por entre as cinzas dos despojos de guerra se escapavam deram lugar a uma suave névoa matinal. As frescas brisas das florestas do Sul trazem os ecos das palavras doces que me segredas ao ouvido.

Cai a noite, mas não mais a temerei. No céu já brilham estrelas novamente. A sombra desvanece-se. A noite avança, a aurora radiante aproxima-se. Ela afastará o que das trevas restar, os fantasmas de outros tempos que perduram num mundo que não mais será seu. Talvez não acorde para ti. Mas decerto o meu novo acordar se deverá a ti, e só a ti.

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