[amidst the chaos, darkness - fallen dreams, storms of fire and stone - when will it end..?]
Caminho pelos vastos campos verdejantes, tendo ninguém por companhia. Nem mesmo a minha sombra, eterna e agoirenta companheira, comigo permanece; o Sol há muito que se escondeu por detrás do espesso manto cinzento de ameaçadoras nuvens que, sem aviso, enegreceram os céus azuis que contemplava.
Que vejo eu, à minha volta? Terra sem fim, até onde a vista alcança. Uma imensa pradaria primaveril fechada naquele vale escondido entre os picos das titânicas montanhas que se impõem, delimitando o seu domínio, como uma fortaleza inexpugnável... Um vasto campo verde, viçoso, vivo, onde me encontrei, onde me senti renascer. Um espaço só meu, banhado pelo reconfortante Sol, onde o Tempo parecia não exercer qualquer poder.
O meu locus amoenus.
Agora oculto por as nuvens traiçoeiras que me roubaram a quente luminosidade, deixando-me apenas a luz opaca que através delas se propaga.
Que mais falta acontecer..?
Eis que nas altas nuvens se abre uma espiral, quase um portal para outro mundo, para outra dimensão... alegro-me por momentos: julgo que o meu Sol vai voltar, irrompendo por a massa nebulosa.
Mas não.
Uma chuva tem início. Não uma chuva natural, deixando cair milhões de gotas de água revitalizantes no solo; tem início uma chuva atroz. Pedras incandescentes surgem a grande velocidade por a espiral dos céus, caem como estrelas cadentes em todas as direcções. Uma a uma, atigem o solo com estrondo, com um estrondo que ouvir não consigo, pois que meus sentidos me abandonaram naquele momento angustiante. Quedo-me ali, solitário, a observar o outrora verdejante vale a ser devastado e queimado por aquela praga dos céus, castigo cruel de algum deus do submundo onde em tempos pertenci..?
Desejo que tudo aquilo acabasse. Desejo que tudo de um pesadelo não passasse, e que ao voltar a abrir os olhos visse tudo como estava antes. Em dor abro os olhos e vejo tudo arrasado pelo fragor daquela violenta tempestade de fogo vivo. Vejo tudo perdido, toda a beleza queimada, toda a felicidade destruída.
Sobrevivi. Como sempre. Mas nada à minha volta teve a minha sorte. Como sempre.
Que vejo eu, à minha volta? Terra sem fim, até onde a vista alcança. Uma imensa pradaria primaveril fechada naquele vale escondido entre os picos das titânicas montanhas que se impõem, delimitando o seu domínio, como uma fortaleza inexpugnável... Um vasto campo verde, viçoso, vivo, onde me encontrei, onde me senti renascer. Um espaço só meu, banhado pelo reconfortante Sol, onde o Tempo parecia não exercer qualquer poder.
O meu locus amoenus.
Agora oculto por as nuvens traiçoeiras que me roubaram a quente luminosidade, deixando-me apenas a luz opaca que através delas se propaga.
Que mais falta acontecer..?
Eis que nas altas nuvens se abre uma espiral, quase um portal para outro mundo, para outra dimensão... alegro-me por momentos: julgo que o meu Sol vai voltar, irrompendo por a massa nebulosa.
Mas não.
Uma chuva tem início. Não uma chuva natural, deixando cair milhões de gotas de água revitalizantes no solo; tem início uma chuva atroz. Pedras incandescentes surgem a grande velocidade por a espiral dos céus, caem como estrelas cadentes em todas as direcções. Uma a uma, atigem o solo com estrondo, com um estrondo que ouvir não consigo, pois que meus sentidos me abandonaram naquele momento angustiante. Quedo-me ali, solitário, a observar o outrora verdejante vale a ser devastado e queimado por aquela praga dos céus, castigo cruel de algum deus do submundo onde em tempos pertenci..?
Desejo que tudo aquilo acabasse. Desejo que tudo de um pesadelo não passasse, e que ao voltar a abrir os olhos visse tudo como estava antes. Em dor abro os olhos e vejo tudo arrasado pelo fragor daquela violenta tempestade de fogo vivo. Vejo tudo perdido, toda a beleza queimada, toda a felicidade destruída.
Sobrevivi. Como sempre. Mas nada à minha volta teve a minha sorte. Como sempre.
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