Devagar, o sol, eterna luz do dia, esconde-se por detrás da longínqua linha do mar sem fim, por entre as negras nuvens que em tão remota distância se começam a formar. Os céus de cristal azul alteram-se, um prisma de cores radiantes banha agora a esfera celeste, desvanecendo-se a radiância na escuridão que do céu começa a tomar conta a Este.
Uma brisa fria sopra subitamente de Oeste, do horizonte de luz em declínio, da escuridão anunciada. Não se ouve mas sente-se, o avanço inexorável da Noite, em passinhos suaves como veludo. Sonhos desvanecem-se na queda da aurora, o silêncio apenas cortado pelo som constante da rebentação contra os rochedos ancestrais toma conta do cenário, envolve-me suavemente como num traiçoeiro abraço.
Escurece. Não ainda, que o brilho do dia ainda respira por ora. Mas já inevitáveis são as trevas.
Vem, doce Noite. Aniquila a luz da ilusão, embala-me ao som do teu silêncio, leva-me contigo para lugar nenhum...
(fotografia por "Freyja")
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December 28, 2004
[praise darkness...]
[praise darkness...]
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